Viajar é sem dúvida algo que nos deixa ansiosos e nos proporciona momentos incríveis. Pensar que estive em uma ilha no meio do Atlântico nos remete a imaginar um pequeno espaço de terra, de águas claras e alguns coqueiros.
No Arquipélago em que estive não há nada disso, tão pouco praia e vegetação. Possuí águas azuis e seu recorte formado pelos rochedos é singular.
Durante a noite o barulho das ondas é ouvido com tal intensidade que chega a parecer estrondo de trovões.
Em cima do Arquipélago vi Atobás dando rasantes e caranguejos às centenas fazendo o equilíbrio da Ilha, embaixo a exuberância das águas límpidas e a excelente visibilidade fazia-me perder a noção da profundidade. Paredões cobertos de peixes coloridos e algas completavam o cenário.
Sendo biólogo, viajar para um lugar isolado é algo muito fascinante e inesquecível, principalmente por pensar, em vários momentos, que estive no lugar onde, na manhã do dia 16 de fevereiro de 1832, foi visitado por nada menos que Charles Darwin, na primeira parte de sua histórica viagem a bordo do HMS Beagle ao redor do mundo.
Se paraíso pode ser descrito como um lugar mágico por seus detalhes e beleza, se for um lugar que gostaríamos de voltar, então posso dizer que estive lá.