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Carlo M. Cunha

sábado, 5 de janeiro de 2008

Solidão - Ensaio 1

E lá estava eu entrando por mais um corredor, e o destino? O de sempre, uma sala escura. Encontro-me num suspiro breve e longo. Uma falsa sensação de paz, frio pelo corpo e o coração acelerado. Perco a noção de espaço, tremo, suo. Toco as paredes, nenhum quadro, prego, furo, fresta, nada, nem janela, nem mesmo a porta que entrei, nem essa estava mais lá. Sentei-me em meio à escuridão, pensando sobre tantos detalhes dessa vida corrida me ocorreu o silêncio. No silêncio busquei a resposta. Procurei na fobia saber o motivo de estar ali. No escuro era puro breu. As horas passavam sem que me permitisse contar, o tempo ali não fazia diferença, o relógio pouco importava. O tempo passou, mesmo sem saber o quanto. Levantei para tentar tocar o teto. Meus braços sem muito esforço conseguiu chegar. E nada, nem o gesso, nem mesmo uma lâmpada, mesmo que queimada e nada. A solidão me trouxe agonia, mas mesmo assim não chorei e voltei a sentar. Tentei ficar no canto do quarto, mas não achei. Procurei e não achei. A solidão sempre faz pensar. A solidão é um quarto sem porta e sem janela. A solidão é o começo de um fim que está sempre preste a chegar. A solidão me faz pensar. Você não sabe como faz pensar.

Forte Abraço amigos!
Carlo M. Cunha

9 comentários:

gabriela ismerim disse...

Adorei o Nada (bem história sem fim).
O seu personagem não achou algo nojento, aterrorizante ou fonte de repulsa... pior... não achou nada.Isso dá medo

no livro do michael ende os personagens dizem que um rio sumiu e ficou nada... o rio não secou , pois haveria um rio seco.... e não tem um buraco no lugar (um buraco seria algo)..... há o nada.

então... te disse...
lindo, mas pode ser lapidado... e não sei quanto a palavra "solidão"... chega ser pleonasmo poético, rs.

abraço

Carlo M. Cunha disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Carlo M. Cunha disse...

Muito bom ter seus comentários Gabi, sempre que posto uma mensagem fico na espectativa de suas palavras. Tudo é um exercício e fico realmente contente em saber o que as pessoas acham. Forte Abraço e até breve! :)
Carlo M. Cunha

A Coordenadora disse...

Este seu ensaio fez-me fechar os olhos e ver com clareza uma imagem, a de um Homem aprisionado dentro do seu próprio cérebro... um Homem que construiu tantas paredes à sua volta (fugas, medos, fobias, omissões,encenações...)que chegou a um momento em que aquele seu canto fechado, com um siêncio ensurdecedor, passou de recanto de protecção (agradável, intimista e aconchegante...) a um local de expiação de uma solidão geradora de uma pluralidade de sentimentos. Afinal, é isso mesmo que a solidão é... boa e má, por vezes passível de nos permitir uma reconciliação com nós próprios, outras a mais castradora...
Gostei muito do texto.
Ah, já agora muito obrigada pelo comentário no meu blog (http://coromistosflousa.blogspot.com).
Bom ano e boa continuação!

abraço

gabriela ismerim disse...

coisa lá

Carlo M. Cunha disse...

Olá Isa, Parabéns por seu blog, muito interessante! Agradeço também a contribuição por aqui, com palavras que ajudam no amadurecimento. Muita água ainda vai rolar por aqui e espero conseguir sempre escrever e transmitir algo.
Forte Abraço e até breve! :)
Carlo M. Cunha

Carlo M. Cunha disse...

Coisado Gabi!! hahaha Beijossssss

Darkness Maiden disse...

Hey, também achei seu blog muito bom!!

Parabéns...

E, olha só, somos vizinhos :D
rsrsrs

Também moro em Santos!

Anônimo disse...

aqueles traços de auto ajuda clichê nao estao mais tao fortes como antes.. até pelos comentarios aqui vc ja pode ver q o texto ta mais interessante, nao é? acho mto legal q vc ta escrevendo, mas insisto: tente ler mais!
agora, oq eu gostei do q li, eh q, msmo sendo um assunto tratado por tanta gente - a solidao - vc conseguiu e bem passar ele com o seu olhar.. essa é a diferença!
abraço,
thiago